Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


sábado, 14 de agosto de 2010

novela vaga

Ótimo o curta Novela Vaga, disponível no Porta-Curtas. Trata-se de uma brincadeira com certo cinema cult que, a despeito da aura de cinema de arte, esquece-se do público. Na geleia geral em que se converteu a pós-modernidade, com esse ar de pós-tudo, é às vezes difícil separar o cinema de qualidade daquele... bem, nem sempre a gente tem a boa sorte de estar com os neurônios a postos para apreciar devidamente uma obra de arte.

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