Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


domingo, 30 de dezembro de 2012

chuva abrandando o calor

Saí para fazer a habitual caminhada noturna e resolvi tomar outra rota, em direção à casa de minha irmã, por conta da outra irmã que lá esperava, não necessariamente por mim. Ajudei no que pude com minha presença, e depois voltei, também caminhando. Caía uma chuva fresca, leve, quase uma garoa. Um trecho da rua quase vazio de pedestres, só veículos. Depois gente de novo. E bastante gente no bar, já perto de casa, o que fez lembrar do dia que é hoje, certa leveza no ar, a alegria das pessoas que estão já comemorando a chegada do ano novo, nessa falsa véspera de segunda-feira.

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