Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

sonho

... sonho, pela primeira vez, com este espaço... no sonho aparecem pessoas, conhecidas ou não, comentando, dizendo coisas, elogiando, incentivando que seja... num desses comentários aparece, numa fala muito bem elaborada, que eu não consigo recuperar, a palavra insignificante... termo que postei faz algum tempo numa fala casual, mas que me custou horas de sentimentos confusos, difíceis e contraditórios ― o mais se deduz... a fala era: de tanto significar a coisa vai ficando insignificante... mas o mais bacana foi ter sonhado, e sonhado com uma interlocução desejada (já é manhã, mas o meu fuso horário do pacífico vai registrar isso como madrugada).

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