Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

impermanence / impermanance

Fiquei intrigada com o título do vídeo anterior, que registra a palavra impermanance num enunciado em língua inglesa. O correto seria impermanence. Vou ao Oxford e encontro: impermant / adj. that will not last or stay the same forever. No mesmo verbete há um link para impermanence / noun, substantivo. O filme tem direção de um alemão, Thomas Zachmeier, o que me fez desconfiar de que havia algo de proposital no registro. Mas não sei nada de alemão, então me socorri no google, que me remeteu a um conceito do Budismo (aqui), religião que conheço tanto quanto a língua alemã. Eis o que encontro sobre o diretor: "Thomas Zachmeier, born in Munich, Germany (1969), graduated from the University of Arts (UdK), Berlin. His diploma thesis was a paper on Buddhist philosophy called 'Empty Words'. After (1997) that he moved to Los Angeles and became a film-editor. 2001 he moved back to Germany where he continued editing Films and TV-Shows (e.g. ‘DerAlte’,  ‘Ein Fall für Zwei’). He is Co-founder and creative director of C.A.N. – the Conscious Action Network – a film-project dedicated to tell the stories of change-makers." (aqui). "Empty Words"... gostei.

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