Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


domingo, 15 de janeiro de 2012

La Haine

Em La Haine as cores da liberdade, igualdade e fraternidade cedem ao cinza sombrio da negação violenta dos três símbolos modernos da promessa de um novo homem. Em vez, a queda vertiginosa: "Até aqui está tudo bem, até aqui está tudo bem... Mas o importante não é a queda, é a aterrissagem." No meio da queda, uma pausa para uma anedota búlgara, na falta de expressão melhor. 

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