Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

transformação (mas não a de kafka)

Sonhar com fogo é sonhar com transformação? Esta foi a via que me dei para as imagens desta noite. Além do fogo, havia uma gravidez, minha; pessoas conhecidas, em parte atualmente distantes, compareciam e interagiam, prontificando-se a ajudar a resolver os conflitos que iam surgindo; e creio que havia um antes, que me veio num flash de segundo, um pequeno relâmpago que desapareceu tão rápido quanto surgiu, do qual apenas consegui saber isso: era um antes. 

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