Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

"Ciúme" (Ultraje a Rigor)


Grande sucesso dos anos 80! "Eu quero levar uma vida moderrrrninha, deixar minha menininha sair sozinha, não ser machista e não bancar o possessivo."  Os "erres" a mais são para destacar o sotaque do Roger... Cadê a menininha, Roger? Hã? Hein? Saiu pra comprar cigarros e não voltou? Ou topou casar com seu melhor amigo? Mas, implicâncias à parte, a música é uma graça... "Mas eu me morrrrdo de ciúme, mas eu me morrrrdo de ciúme." Na versão anos 2000, os caras deram uma sossegada, aparecem mais mansinhos, parece que rolou assim um photoshop na discurseira pseudo-pseudo-modernosa de antes, pronunciam o verbo deixar mais baixo, manso, calmo... sei lá, né?, vai que a garota escuta...

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