Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


domingo, 20 de março de 2011

Quem tem boca vai a Roma

Diante de situações difíceis, não há propriamente escolha. Mas há recursos com que enfrentá-las. Sempre há. Escutei dia desses que o famoso provérbio é na verdade "Quem tem boca vaia Roma." Nos dois casos, é preciso boca, quer dizer, linguagem. E vaiar dá outro colorido ao dito.

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