Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Bob Dylan & The Byrds: Mr. Tambourine Man


Ao modo de Torquato, que o moço toque uma canção para mim, uma canção que varra o pó dos meus titubeios para um canto qualquer da alma, enquanto o som da canção penetra-me os ouvidos. Na aguda noite desafinada eu o ouvirei, e descansarei dos meus tormentos, enquanto the ancient empty street’s too dead for dreaming. "Mr. Tambourine Man".

Nenhum comentário:

Postar um comentário