Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Genesis - The Carpet Crawlers

Versão em estúdio (link aqui). Essa música, que eu aprendi a ouvir com um rapaz que conheci faz mais de vinte anos (como tudo o que diz respeito a rock), cujo amor por mim se traduzia nos gestos mais desprendidos e surpreendentes... essa música eu perdi de vista esse tempo todo, mas me lembrava de alguma coisa, vagamente a melodia. E de tanto procurar no google, acabei chegando a ela. Então, num dia como hoje, em que o mundo parece um pouco mais estúpido, hostil e incompreensível que o habitual, ouvir essa música é lembrar de um tempo muito bom... "There's no hiding in memory / There's no room to avoid... / We've got to get in to get out."

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