Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

poesia da vida inteira (manuel bandeira)

Acabo de perceber que cometi um ato falho, mas vou deixar assim mesmo. Ao postar um poema de Manuel Bandeira, em vez de escrever "Estrela da vida inteira", escrevi "Poesia da vida inteira". A vida (dele) que é inteira poesia, a poesia (dele) fazendo minha vida inteira.

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