Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


sábado, 11 de fevereiro de 2012

o que os amigos nos contam... de nós

IDA:
Fernanda, não sei se você recebeu minha mensagem ontem pelo celular. O que ontem tive vontade de te dizer foi o seguinte: é que me sinto privilegiada em poder conviver com você, ter me tornado sua amiga. Nossa, você não tem ideia de como é bom conversar com você, como sua palavra abre uma brecha insuspeita, e que por vezes é um caminho bom de ir seguindo. Aí imaginei que também as pessoas que te rodeiam, sua família, devem sentir algo parecido, no sentido de que sua companhia agrega. Mais não sei dizer.

Vamos nos falando.
Beijo, Mari.

VOLTA:
Obrigada, minha querida.  Recebi, sim, a mensagem do celular.  Ia responder mas foi de noite e alguma coisa me interceptou. E agora esta mensagem, tão bonita.  Eu também fiquei pensando em te dizer coisas. Que achei você bem amadurecida em relação ao seu momento de vida, falando de você com profundidade, como sempre, e também com um nível de distanciamento e tranquilidade bacana.  Adorei aquele nosso papo. Também me sinto privilegiada de ter uma amiga como você, tão exigente com a sinceridade que quer ter consigo própria, tão corajosa pra isso!

Vamos nos falando e, sempre que pudermos, nos vendo, né?
Um beijo grandão,
Fernanda.

Então eu sou sincera comigo mesma? Não me poupo de minhas verdades? Já é um passo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário