Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


domingo, 5 de fevereiro de 2012

watchmen - o filme

Watchmen é um filme fabuloso, que pede do espectador uma segunda ou quem sabe terceira visada, sobretudo pelos diálogos. Perfeição técnica, suspense, vilões charmosos, diálogos requintados, trilha sonora empolgante ― elementos arrolados casualmente numa primeira impressão. Comprei o DVD um tanto tendenciosamente, pela magnífica abertura ao som de “The Times, They Are A-Changin”. Bob Dylan comparece mais duas vezes, em “All Along the Watchtower, por Jimi Hendrix, e “Desolation Row”, numa versão alucinada da banda My Chemical Romance. Por enquanto é isso, trilha sonora. Um detalhe: há uma paródia de cena clássica do filme Apocalypse Now, ao som de "Ride of the Valkyries".

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