Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Catarina Pinto Leite: o que a luz oculta

Se alguém disser que o acaso é um poderoso motor de descobertas, em parte dever-se-á concordar. Há, entretanto, um componente de causalidade, ensejado pela busca que levou à descoberta, e um outro imponderável, porque o olhar é um olhar, e então o imponderável escapa. Esses três elementos me levaram à descoberta de Catarina Pinto Leite: uma busca casual que levou a uma imagem, uma imagem que chamou mais atenção que as outras, que tinha uma qualquer singularidade. Descobri seu site (AQUI), do qual não consegui copiar qualquer imagem. Gostei muito de "Encanto" e "Refúgio do tempo". Deste outro site, consegui reproduzir a tela O que a luz oculta (2007):

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