Em uma conversa telefônica, acabei brincando com a letra da abertura desse programa: ♪ estar com vocês, brincar com vocês, é super humano ♫... do outro lado da linha: ♪ boneco de pano ♫... Faz parte do imaginário, não tem jeito. Li certa feita o Caetano dizendo que assistia regularmente ao programa, para ver as pernas dela... humano, demasiado humano...
Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário