Quando estou com muita saudade da infância, eu lembro do "Mundo Animal", série de TV dos 70, cujo tema de abertura era um progressivo. Li em algum blog que seria a música "Fanfare For The Common Man", do ELP, mas ouvindo com cuidado percebe-se que não se trata da mesma melodia (link aqui). O fato é que eu adorava as imagens da natureza daquele seriado que comparecia pontualmente à minha casa aos sábados pela manhã (que diferença do lixo que é oferecido hoje...), a que se seguia, um pouco depois, por volta das onze, outro programa, este nacional, "Concertos para a Juventude".
Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.
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