Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


domingo, 24 de outubro de 2010

música da infância


Quando estou com muita saudade da infância, eu lembro do "Mundo Animal", série de TV dos 70, cujo tema de abertura era um progressivo. Li em algum blog que seria a música "Fanfare For The Common Man", do ELP, mas ouvindo com cuidado percebe-se que não se trata da mesma melodia (link aqui). O fato é que eu adorava as imagens da natureza daquele seriado que comparecia pontualmente à minha casa aos sábados pela manhã (que diferença do lixo que é oferecido hoje...), a que se seguia, um pouco depois, por volta das onze, outro programa, este nacional, "Concertos para a Juventude". 

Nenhum comentário:

Postar um comentário