Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


terça-feira, 26 de outubro de 2010

"People Ain't No Good" - Nick Cave


Cheguei ao Nick Cave através do Wim Wenders. Cheguei e gostei. Essa música, em especial, é bastante cruel: “It ain't that in their hearts they're bad / They can comfort you, some even try / They nurse you when you're ill of health / They bury you when you go and die / It ain't that in their hearts they're bad / They'd stick by you if they could / But that's just bullshit / People just ain't no good” ― no site oficial (aqui).

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