Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


sábado, 2 de julho de 2011

água, sonho liquefeito, em líquido desfeito

Afogo, em sonho, o amor nas águas da placenta de minha mãe. Mas também explanava ontem, na aula, sobre a hipérbole em Alice, a possibilidade de se afogar nas próprias lágrimas, aliás tudo se passando em sonho. Havia muita água em tudo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário